Universidades federais e estaduais de todo o País estão reunidas em Brasília para a Oficina de Intercâmbio Prolind (Programa Formação Superior e Licenciaturas Indígenas), com o tema “Sistematizando Experiências”. O encontro promovido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), vinculada ao MEC, teve início hoje (08.05) e será encerrado nesta quarta-feira. Estão em discussão os desafios que envolvem a qualificação de um professor indígena.

Representantes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), das universidades federais de Roraima (UFRR) e de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) participam do encontro. Além das quatro instituições que integram o Prolind, outras quatro estão como convidadas: Universidade de São Paulo (USP) e federais de Goiás (UFG), do Tocantins e da Grande Dourados (UFGD).

A meta do evento é sistematizar a experiência das universidades na implementação dos cursos e, assim, facilitar a disseminação das licenciaturas interculturais. “É uma luta para fortalecer e consolidar políticas públicas permanentes voltadas para a formação indígena”. A delegação da Unemat é composta pelo coordenador geral do Terceiro Grau Indígena, Elias Januário, o coordenador administrativo, Fernando Selleri, e três representantes indígenas.

Formação indígena na Unemat:

O Projeto Terceiro Grau Indígena da Unemat tem por objetivo a formação de professores indígenas para o exercício da docência no Ensino Fundamental e Médio. Implantado em 2001, a primeira turma formou em julho de 2006. Ao todo, 186 professores pertencentes a 180 etnias de Mato Grosso e 14 etnias de outros estados receberam o diploma. Em janeiro de 2005, teve início a segunda turma de graduação e foi aberta uma turma de pós-graduação para os acadêmicos egressos.

O curso tem estrutura diferenciada, dividido em etapa presencial e intermediária, respeita os diferentes saberes e o tempo dos acadêmicos. As aulas acontecem de forma intensiva no campus da Unemat em Barra do Bugres. Já no tempo intermediário, o acadêmico retorna para sua aldeia, permitindo conciliar o exercício da docência com a formação universitária. O aluno pode optar pela habilitação em Línguas, Artes e Literatura; Ciências Matemáticas e da Natureza; Ciências Sociais.

Danielle Tavares- Coordecom/Unemat